Os petistas Deputado Cabo Almi e vereador Ayrton Araujo (Foto AL/MS) |
O deputado Cabo Almi (PT-MS) desmentiu o seu colega de partido e
afilhado político, o vereador Ayrton de Araújo, ao deixar a sede do Gaeco
(Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), após depôr por aproximadamente
1 hora.
Em entrevista à imprensa, o deputado afirmou ter recebido ligação
telefônica do ex-diretor do IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da
Informática), Fábio Portela, conhecido por “Fabão”, (ligado ao empresário João
Baird, um dos principais alvos da Operação Lama Asfáltica), para convencer seu
afilhado o vereador do PT Ayrton Araújo a votar a favor da cassação de Alcides
Bernal, em março do ano passado.
Segundo o parlamentar, Fábio Portela realmente ligou para falar com
ele (Cabo Almi), e por conta disso, ligou para o “pupilo” Ayrton Araújo. Ainda
na declaração, o dois parlamentares petistas se reuniram com Fábio, e disseram
que não tinham o interesse em mudar o voto para casar Bernal.
Contradição
Sem “combinar” antes a versão de seu padrinho político, o vereador Ayrton
do PT acabou por entrar em contradição. Disse aos jornalistas que não tinha
conhecimento da ligação recebida por Cabo Almi, além de que, nem conhece Fábio
Portela, segundo o parlamentar. A declaração foi feita logo após o petista ter
saído da oitiva com o promotor do Gaeco.
Ao todo, nove vereadores, um ex-vereador e três
empresários também foram ouvidos pelo Gaeco no dia 25 de agosto, além de
17 celulares terem sido apreendidos. Vale lembra que a Operação Coffee Break já
resultou no afastamento de Gilmar Olarte (PP) do cargo de prefeito, e de Mario
Cesar (PMDB) da presidência da Câmara Municipal de Campo Grande, e que também, poderá
afastar os nove vereadores que estão sendo investigado por receberem algum tipo
de vantagens para cassar Alcides Bernal em março de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário